Desde 1992, quando pela primeira vez foi votada a resolução na Organização das Nações Unidas condenando o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba, o Brasil sempre se posicionou ao lado de uma ampla maioria a favor do fim das sanções econômicas à ilha. Em 2018, por exemplo, 189 nações — incluindo o Brasil — se posicionaram dessa maneira.
Pois desta vez tudo mudou. Seguindo a trilha determinada pelo governo Jair Bolsonaro de alinhamento ideológico com Washington, o Brasil decidiu apoiar os Estados Unidos, ao lado de Israel, os únicos a se posicionarem em favor do embargo.
O chanceler Ernesto Araújo chegou a usar as redes sociais para defender o posicionamento do governo, afirmando que “Cuba não passa de um esteio do regime Maduro na Venezuela”, enquanto o presidente Jair Bolsonaro não poupou palavras e afirmou que a nação cubana “não passa de uma ditadura e deve ser tratada como tal”.
Os cubanos, claro, lamentaram a perda do apoio dos brasileiros.