Durante sua live semanal no Facebook, o presidente Jair Bolsonaro se posicionou nas eleições municipais em três capitais importantes – São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre –, selando sua entrada na reta final das campanhas.
Em São Paulo, Bolsonaro declarou sobre o candidato à prefeitura Celso Russomanno (Republicanos) que o conhece “há muito tempo, foi deputado comigo. Eu sou capitão do Exército e ele é tenente da Aeronáutica. Celso Russomanno é a minha pedida para a cidade”.
No Rio de Janeiro, o presidente disse que está com Marcelo Crivella (Republicanos): “Conheço ele há muito tempo. Foi deputado federal comigo, depois senador, prefeito. Foi tenente do Exército. Estou pedindo voto aqui pela administração lá no Rio de Janeiro.” Sobre a capital fluminense, chamou ainda a atenção Bolsonaro afirmar que Eduardo Paes (DEM) é “um bom administrador”. A declaração, combinada com críticas à candidata Martha Rocha (PDT), que disputa com Crivella um lugar no segundo turno, pode ser uma sinalização de um eventual apoio do presidente a Eduardo Paes, caso Crivella não chegue lá.
Em Porto Alegre, Bolsonaro não pediu votos para nenhum candidato. Mas fez ataques a Manuela D’Ávila (PCdoB), que hoje lidera com folga as pesquisas de intenção de voto na capital gaúcha. “Uma candidata do PCdoB está lá frente. Pensa nas consequências. Veja o que esse partido defende, os problemas que cria para a família tradicional brasileira.” Vale registrar que as críticas de Bolsonaro ao PCdoB ocorreram após uma semana em que o presidente e o governador do Maranhão, Flávio Dino, também do PCdoB, travaram uma série de embates.
Além de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, o presidente abriu seu voto em Belo Horizonte, onde apoiará Bruno Engler (PRTB). Em Manaus, dará respaldo ao Coronel Menezes (Patriota). Já em Santos (SP), o candidato de Bolsonaro é Ivan Sartori (PSD).
O maior envolvimento de Bolsonaro deverá ocorrer nas disputas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Especula-se que Bolsonaro poderá gravar vídeos para as campanhas de Russomanno e Crivella. Trata-se de um movimento arriscado, pois os dois candidatos podem não chegar ao segundo turno. O presidente, porém, já está associado às duas campanhas. Assim, ao apoiá-las com mais intensidade na reta final poderá, sim, dar um “empurrão” para que pelo menos um deles chegue ao segundo turno.
*Análise Arko – Esta coluna é dedicada a notas de análise do cenário político produzidas por especialistas da Arko Advice. Tanto as avaliações como as informações exclusivas são enviadas primeiro aos assinantes. www.arkoadvice.com.br