A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) confirmou a tendência de que, desde 2015, 30,1% da população da América Latina e Caribe estavam abaixo da linha da pobreza em 2018, isto é, aproximadamente 185 milhões de pessoas. Neste período, 10,7% das pessoas viviam em extrema pobreza, cerca de 66 milhões. Segundo a CEPAL, essas taxas devem aumentar, em 2019, para 30,8% (191 milhões) e 11,5% (72 milhões), respectivamente.
Dentre os países latino-americanos e caribenhos, o índice de pobreza aumentou principalmente no Brasil e na Venezuela, registrando, ao total, um aumento de 2,3% entre 2014 e 2018. Segundo a comissão, são necessárias políticas de proteção social integrais e universais, bem como um mercado de trabalho que promova qualidade de vida e salários decentes.
“Por quase uma década, a CEPAL posicionou a igualdade como base do desenvolvimento. Hoje, constatamos novamente a urgência de avançar na construção do Estado de Bem-Estar, baseado em direitos e na igualdade”, disse a secretária-executiva do organismo regional, durante o lançamento do relatório, Alicia Bárcena.