Em 2019, o Brasil apresentou ao Mercado Comum do Sul (Mercosul) uma proposta para reduzir as tarifas de importação do bloco econômico aproximadamente pela metade. Na época, essa ideia não obteve muito coro e foi ficando esquecida por seus membros. Porém, este ano, o Brasil e a Argentina negociam um corte de 20% das alíquotas de importação atuais.
Durante a campanha de governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, foi prometida a implantação de uma agenda liberal no Brasil, fazendo com que economistas e o mercado em geral pressionassem a pasta econômica do governo brasileiro para a abertura comercial.
Com a vitória de Arthur Lira (PP-AL) para presidente da Câmara dos Deputados e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência do Senado, acredita-se que a pauta da abertura econômica seja mais fácil de se adotar pelas características dos parlamentares e pela relação dos dois com o governo federal.
Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, é necessário avançar com a pauta da redução da Tarifa Externa Comum (TEC) até o final de 2021, para evitar que seja discutido em um ano eleitoral e se blindar de setores protecionistas. O Brasil comandará o bloco econômico no segundo semestre e pretende se valer disso para avançar nessa questão.