O Brasil deixou de pagar parcela do aporte de capital de US$ 292 milhões ao banco do Brics. O prazo se encerrou no domingo (3). Com o retardo, o país perdeu cerca de 3% do seu poder de voto no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD). Cada sócio do banco (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) possui 20% do capital.
A partir do momento em que a contribuição do Brasil for integralizada, a situação volta ao normal. O dinheiro para o pagamento da dívida com o NBD ficou de fora do projeto de lei do Orçamento de 2020. O Ministério da Economia confirmou que o pagamento não foi realizado pois “não houve dotação orçamentária para tanto”.
Em junho de 2020, o então Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia foi eleito presidente do Banco do Brics, para um mandato de cinco anos. Troyo fez um apelo para os ministros da Economia, Paulo Guedes, e Walter Braga Netto, da Casa Civil, e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para que cumprissem o acordo e pagassem no prazo. Foi enviado ofício às autoridades com um alerta sobre os riscos da inadimplência.
O Brics deverá agora avisar às agências de classificação de risco e parceiros internacionais da falta do pagamento.