No sábado (14), uma série de ataques de drones em instalações da Aramco em Abqaiq e Khurais, desestabilizou e prejudicou a produção de ao menos 50% da produção de petróleo da Arábia Saudita. Esse ataque representa mais um componente de risco para a economia global, somando-se à incerteza que a guerra comercial entre EUA e China vem gerando no último ano.
Horas após os ataques, rebeldes da etnia Houthi, localizados no Iemen, assumiram a autoria dos ataques, que contou com 10 drones.
A guerra civil que ocorre no Iemen coloca a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos de um lado e o Irã e, possivelmente o Catar, do outro. A partir do momento que rebeldes Houthis assumem a autoria dos ataques, imediatamente as atenções se voltam para o Irã, pois o país persa tem sido um importante parceiro dos Houthis no fornecimento de armas e dinheiro. No entanto, não existem evidências que confirmem que os ataques saíram de fato do Iemen.
A desestabilização em 50% da produção saudita (5.7 milhões de barris/dia) representa algo em torno de 5% de toda a produção global de petróleo. A Aramco espera restaurar até esta segunda-feira cerca de um terço da produção interrompida.
A expectativa é que o preço do barril aumente por conta desse ataque e pelo temor de que outros aconteçam. Os cálculos iniciais indicam que o preço do barril pode chegar a 100 dólares.