O preço médio da gasolina comum subiu pela quarta semana consecutiva nos postos do Brasil, indicou pesquisa divulgada ontem pela ANP, desde o primeiro turno da eleição presidencial.
O litro foi vendido por R$ 4,98 na semana passada (30 de outubro a 5 de novembro). É uma alta de 1,4%, ou R$ 0,07 a mais, em relação aos sete dias anteriores (23 a 29 de outubro), quando o combustível estava em R$ 4,91.
O nível de preço recuperou o teto superior a R$ 5, como acontecia até meados de setembro passado. O litro já está custando R$ 5 ou mais, em média, em onze unidades da federação, de acordo com a ANP.
O maior valor médio foi registrado na Bahia: R$ 5,51. O Rio Grande do Norte (R$ 5,44) veio em seguida. Na outra ponta da lista, o menor preço foi verificado em Mato Grosso do Sul: R$ 4,78. A Paraíba aparece.com o segundo mais baixo (R$ 4,79).
A equipe de transição do futuro governo Lula (PT) planeja adotar mecanismos para alterar a política de preços da estatal a partir do ano que vem. Com isso, espera reduzir o impacto da cotação do petróleo lá fora nas bombas dos postos de combustíveis no Brasil.
Segundo fontes, a ideia é substituir a atual paridade de preço internacional (PPI) — pela qual o valor da gasolina e do diesel no mercado interno acompanha as oscilações do barril no exterior e do câmbio — por uma “política nacional de preços”, diferenciados regionalmente.
O plano prevê quatro pilares para balizar a nova política de preços nas refinarias da Petrobras, com valor de referência regionalizado, criado pela ANP. A proposta em análise prevê o mapeamento das áreas de influência das refinarias espalhadas pelo país. A partir dessa constatação, seria calculado quanto combustível cada refinaria pode produzir (com base na sua capacidade instalada).
E o volume de importação que ela precisa fazer para atender a sua região completaria a necessidade de garantir o abastecimento. O preço final será calculado levando em conta esses dois fatores.