Lula tem viagens programadas para Argentina, Estados Unidos e China no início de seu governo

Foto: Esteban Collazo/Argentine Presidency/Direitos reservados

O futuro ministro das Relações Exteriores, atualmente ocupando a embaixada brasileira na Croácia, Mauro Vieira anunciou que as primeiras viagens internacionais de Lula, depois de assumir a Presidência, serão para Argentina, China e Estados Unido. Essas visitas devem ocorrer no primeiro trimestre do próximo ano.

O diplomata anunciou também que relações com a Venezuela comandada por Nicolás Maduro serão restabelecidas no primeiro dia do novo governo, no mês que vem. O futuro ministro informou a embaixadora Maria Laura da Rocha como nova secretária-geral do Itamaraty, primeira mulher a ocupar o posto número 2 da hierarquia do ministério.

“O presidente Lula me orientou a desenvolver, reaproximar e reconstruir as pontes com os nossos parceiros tradicionais, como EUA, China e União Europeia. Nós queremos ter com esses países uma relação intensa, produtiva, equilibrada e soberana e desenvolver, dentro do interesse nacional, todas as possibilidades de cooperação”, afirmou Mauro Vieira.

O futuro ministro contou que recebeu de Lula diretrizes para os primeiros dias de governo, em particular a “reconstrução de pontes” com vizinhos da América do Sul e com o restante da América Latina. Em função disso, a primeira viagem internacional do presidente eleito será Buenos Aires, para o encontro de cúpula da Comunidade dos Países Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em janeiro.

Após o encontro multilateral, Lula iniciará uma visita oficial ao presidente argentino, Alberto Fernández, que foi o único chefe de Estado estrangeiro a encontrar-se com o recém-eleito presidente do Brasil, um dia após a definição do segundo turno, em 30 de outubro.

Imigração cubana

Recrudescimento da crise econômica em Cuba aliada à mais repressão política e mais dificuldades para emigrar para os EUA fez a imigração cubana para o Brasil bater recorde.

O número de solicitações de refúgio por cubanos bateu recorde neste ano, e especialistas creem ser improvável mudança desse fluxo no curto prazo, uma vez que não há sinais de melhora econômica na ilha.

De janeiro a outubro, 3.414 cubanos solicitaram refúgio no Brasil, 690% mais que no mesmo período do ano passado, segundo dados compilados pelo Observatório das Migrações Internacionais, do Ministério da Justiça.

O fluxo de cubanos em direção ao Brasil se dá de duas formas: solicitação de refúgio e pedido de reunião familiar, para quem tem pais, avós e filhos aqui. Entre janeiro de 2021 a outubro passado, foram 3.912 solicitações de refúgio e 2.234 solicitações de residência por reunião familiar.

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