Após reações da Uniao Europeia e dos Estados Unidos, Lula mudou o discurso em relação à guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Durante almoço oferecido ao presidente da Romênia, Klaus Iohannis, no Itamaraty, sem mencionar a Rússia, Lula voltou a dizer ontem que Brasil “condena” a violação territorial da Ucrânia.
“Ao mesmo tempo que meu governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada para o conflito”, afirmou. Lula falou de forma mais protocolar, ao ler discurso elaborado por sua assessoria
O governo dos Estados Unidos, haviam considerado o posicionamento de Lula sobre o conflito “profundamente problemático” e “equivocado”, além de repetir propaganda da Rússia e da China. O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, rebateu os EUA e negou que o Brasil propague o discurso russo.
Sem citar Lula, porta-voz do presidente dos EUA afirmou: “nós acreditamos que é profundamente problemático como o Brasil abordou de forma substancial e retórica esta questão, sugerindo que os Estados Unidos e a Europa de alguma forma não estão interessados na paz ou que compartilhamos a responsabilidade pela guerra”, disse John Kirby.
“Francamente, neste caso, o Brasil está repetindo propaganda russa e chinesa sem olhar para os fatos”, acrescentou. Lula ontem, segunda-feira, não se manifestou sobre as críticas de americanos e europeus. Mas, na viagem à China e aos Emirados Árabes, na semana passada, ele disse que americanos e europeus tinham incentivado o conflito.