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Governo vai desembolsar no primeiro mês R$ 14 bilhões com o novo Bolsa Família

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O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, informou que o governo deve desembolsar R$ 14 bilhões no primeiro mês de vigência do novo programa de programa assistencial.

Wellington Dias acrescentou que 1.479.915 de famílias não receberão o Bolsa Família neste mês e outras 694.245 serão incluídas no programa. A economia líquida do governo no mês com a realização do pente-fino nos benefícios chegará a R$ 471,402 milhões.

O ministro afirmou que, se essa economia for mantida ao longo do ano, será possível poupar R$ 4,7 bilhões até dezembro. A revisão no Cadastro Único, onde estão registrados os beneficiários do programa, para recebimento da mensalidade do programa será mantida até o fim do ano.

“A gente só vai ter um número exato com a conclusão do trabalho de fiscalização. Mas são fortes os indícios de que pelo menos mais 1 milhão de beneficiários recebem o Bolsa Família de forma irregular”, afirmou o ministro.

Estão cancelados 1,479 milhão de benefícios. Desse total, 394 mil são de famílias unipessoais, afirmou a secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único, Letícia Bartholo. Segundo informações do governo, o aplicativo do Cadastro Único agora conta com funcionalidade que permite a exclusão voluntária de cadastros unipessoais feitos de forma irregular.

O grupo de unipessoais cresceu de forma explosiva nos últimos anos, após o governo Bolsonaro mudar o desenho do programa e fixar um piso inicial de R$ 400, valor que subiu mais tarde para R$ 600.  O resultado foi um movimento de divisão “artificial” das famílias e de distorção dos dados do Cadastro Único, que funciona como um portal de acesso da população de baixa renda aos programas sociais.

Segundo a secretária Letícia Bartholo, “Vai sair quem tiver que sair e entrar quem precisa entrar”.  A presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, disse que a instituição está preparada para operar o novo Bolsa Família a partir do dia 20 de março.

A medida provisória assinada na semana passada (quinta-feira) por Lula estabeleceu em R$ 600 por família, valor que será acrescido de mais R$ 150 adicionais para cada criança de até 6 anos na família. Crianças com mais de sete anos e jovens com menos de 18 anos terão adicionais de R$ 50. Gestantes também receberão mais R$ 50.

 

 

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