Governo avalia anistiar dívidas do empréstimo consignado do Auxílio Brasil, diz Wellington Dias

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o futuro ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, durante anúncio de novos ministros que comporão o governo.

O ministro do Desenvolvimento Social, senador eleito pelo PT do Piauí, Wellington Dias informou que a equipe do novo governo estuda como anistiar dívidas dos beneficiários do Auxílio Brasil que recorreram ao empréstimo consignado no ano passado.

Segundo o ministro, o assunto é tratado dentro de uma proposta mais ampla de renegociação de dívidas, em elaboração pelo governo.

“Há uma proposta de anistia para os endividados. Certamente, esses são endividados”, referindo-se aos que recorreram ao empréstimo consignado dentro do programa assistencial Auxílio Brasil, que voltou a ser denominado Bolsa Família, como chamado desde o primeiro mandato de Lula.

Wellington Dias explicou que “ainda não é possível dizer” como essa anistia será concedida, porque há aspectos legais que envolvem bancos”. Ainda durante a campanha presidencial a proposta de anistia estava sendo cogitada por parlamentares do PT devido à situação de fragilidade do público-alvo.

O relatório final do governo de transição mencionou que foram concedidos R$ 9,5 bilhões em empréstimos com lastro no Auxílio Brasil e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

O relatório afirma que um a cada seis beneficiários do programa contraiu o empréstimo, aprovado pelo Congresso em junho de 2022 e regulamentado só às vésperas do segundo turno da eleição.

 

Sem correção

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad indicou que a correção da faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física entre em vigor somente no ano que vem. O ministro usou como justificativa o fato de que a correção não pode ser feita neste ano devido ao princípio da anterioridade.

A promessa de correção do limite de isenção da tabela do IR para cinco salários mínimos (R$ 6,6 mil) foi feita por Haddad em 2018, quando ele foi candidato à Presidência da República, na disputa com Jair Bolsonaro.

Na campanha presidencial do ano passado, Lula repetiu a promessa, apesar das recomendações de economistas do PT de que a medida traria perda de arrecadação.

 

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