O último leilão para exploração de petróleo, na administração Bolsonaro, realizado nesta sexta-feira (16) assegurou a arrecadação de R$ 916 milhões em bônus de assinatura.
Ao todo, foram oferecidos pela ANP 11 blocos, o que renderia R$ 1,28 bilhão com a cobrança do bônus. Mas o maior risco geológico e incertezas geradas pela transição de governo e pela ofensiva contra a Lei das Estatais acabaram contribuindo para que sete deles ficassem sem oferta.
Para o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, o resultado do certame foi bom. “As áreas com maior potencial foram arrematadas, mas a melhor notícia é que tivemos competição”. Sete empresas fizeram ofertas no leilão, mas a grande vencedora foi a Petrobras, com participação em três dos quatro blocos concedidos. A britânica BP ficou com o quarto.
O Ministério de Minas e Energia estima que os blocos possam gerar em torno de R$ 50 bilhões durante sua vida útil, valor que inclui os bônus de assinatura, impostos e a fatia de óleo destinada à União, conforme o secretário de Petróleo e Gás do ministério, Rafael Bastos.
Novos blocos
A diretoria da ANP aprovou acordo com a Petrobras que prevê a transferência de investimentos em blocos exploratórios que estão com prazos suspensos por dificuldades no licenciamento ambiental para outras concessões na Margem Equatorial, nova frente de exploração petrolífera do país.
A Petrobras concordou em perfurar dois poços exploratórios em blocos nas bacias de Barreirinhas ou Potiguar, que podem levar a investimentos entre R$ 579 milhões e R$ 687 milhões. Os investimentos foram acordados em troca da rescisão de oito contratos de concessão, que abrangem 15 blocos nas bacias de Jequitinhonha, Camamu-Almada e Pernambuco-Paraíba. Em nota, a ANP afirmou que a medida destrava investimentos em uma região de “altíssimo potencial para novas descobertas”