O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem, terça-feira (30) que pretende manter o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil no ano que vem com a venda de estatais. Mas, não especificou quais empresas são essas.
O governo definiu o valor de R$ 600 para o benefício até dezembro deste ano. Após esse prazo, o valor do benefício mensal cairá para R$ 400. Esta decisão foi criticada pela oposição como medida eleitoreira, já que Bolsonaro disputa a reeleição em outubro.
Bolsonaro foi questionado sobre a informação de que a proposta de orçamento para o ano que vem prevê o benefício de R$ 400, e não os R$ 600 prometidos pela campanha para o Auxílio Brasil.
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) – a proposta de orçamento para 2023 será apresentada hoje pelo Ministério da Economia e será enviada ao Congresso que deverá discutir e a provar o que o governo propõe como arrecadação e gasto.
O presidente confundiu a PLOA com a Proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que foi aprovada pelo Congresso no dia 12 de julho.
“Mas a LDO (referindo-se à PLOA) é algo fixo? Não dá para mudar? Nós estamos com um programa de, ao vender estatais, complementar isso daí, com responsabilidade”, disse o presidente, na saída de evento do setor de comércio e serviços, em Brasília.
Representantes dos partidos de esquerda votaram para que o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil fosse permanente, mas o líder do governo orientou a base de Bolsonaro a aprovar o valor de forma provisória até dezembro.
Antes, Bolsonaro já havia prometido manter o valor do benefício no ano que vem, mas não havia explicado como isso seria feito. Disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, estava buscando uma solução. Quando foi questionado o que aconteceria se o governo não conseguir vender as empresas estatais, e por isso, não manter o valor de R$ 600, o presidente respondeu que “vai conseguir”: “Vai conseguir vender. Vai ter R$ 600 no ano que vem”.