O senhor é o autor da PEC da Reforma Tributária. Como fica a proposta com a recente priorização da Reforma Administrativa?
Nós temos que fazer um entendimento entre a Câmara e o Senado para que a Reforma Tributária possa avançar. Ela já está sendo discutida. Estamos trabalhando inclusive no texto final com o relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Temos um bom diálogo com o Ministério da Economia e, agora, acredito que o presidente [da Câmara] Rodrigo Maia, junto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, vai conseguir um entendimento para que essa reforma, que é, sem dúvida, a mais importante de todas, não seja prejudicada. Vamos avançar com a Administrativa, já finalizamos a da Previdência, mas nada é mais importante agora do que a Tributária.
Que outra agenda o MDB tem como prioridade?
Eu acho que nós temos que ter uma preocupação muito grande com emprego. Nós temos até uma sugestão emergencial de criação de empregos num grande projeto social que o governo federal pode fazer, numa parceria com os 5.570 municípios. Nós apresentamos essa proposta para criar pelo menos 1 milhão de empregos utilizando recursos que estão parados nos fundos da União. Agora, isso depende, claro, de uma análise do Ministério da Economia.
Na condição de presidente nacional do MDB, qual sua meta para as eleições municipais do próximo ano?
O MDB é o maior partido do Brasil. Tem o maior número de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, deputados estaduais, senadores, e nós temos um grande desafio, que é fazer com que o partido cresça novamente na eleição do ano que vem. Para isso fizemos uma executiva renovada, estamos descentralizando, valorizando os diretórios estaduais, melhorando a comunicação e valorizando a nossa militância. Temos mil prefeitos e nossa intenção é eleger mais de mil. O partido possui característica municipalista, é uma força real nos municípios. Então, acredito que é algo que vamos conseguir. |