Quinze dos dezenove governadores que buscam a reeleição, lideram a corrida eleitoral em seus estados, a menos de um mês para a eleição no primeiro turno.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), estreante em política há quatro anos, tem possibilidade de ser reconduzido ao Palácio Tiradentes no dia 02 do próximo mês, data do 1º turno.
Conforme a pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira da semana passada, Zema tinha 52% de aprovação contra o segundo colocado na disputa, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que tinha 22%.
Segundo especialistas, o trunfo do governador do mineiro foi colocar as finanças em dia e “falar” com quem mora no interior do estado, como é o seu caso (Araxá).
Em São Paulo, o único estado em que o atual governador não aparece na ponta, Rodrigo Garcia (PSDB), terceiro colocado (atrás de Fernando Haddad -PT e Tarcísio de Freitas – PL), mira na conversão votos pela aprovação de sua gestão, de olho numa vaga no segundo turno.
Em outros três estados, Amazonas, Rondônia e Alagoas, os atuais governadores estão numericamente em primeiro, mas tecnicamente empatados com adversários.
Rodrigo Garcia encontra-se atrás de Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 10% das intenções de voto, segundo o Ipec. Ele é o governador que por enquanto menos converteu em votos as avaliações positivas de eleitores. Sua gestão é considerada ótima ou boa por 26% dos entrevistados.
Outros casos de candidatos com o apoio de menos da metade dos eleitores que consideram os atuais governos ótimos ou bons: Paulo Dantas (MDB), em Alagoas, e Carlos Moisés (Republicanos), em Santa Catarina.
No Rio Grande do Sul, estado que desde a redemocratização nunca reelegeu o governador, há um caso singular: depois de renunciar para tentar viabilizar uma candidatura presidencial — empreitada que não foi adiante —, Eduardo Leite (PSDB) voltou ao jogo estadual. Entre os eleitores gaúchos que aprovam a gestão de seu sucessor e aliado, Ranolfo Vieira Jr (PSDB), 46% declaram voto em Leite, segundo dados do Ipec.
Os governadores Carlos Brandão Jr. (PSB), do Maranhão, Marcos Rocha (União), de Rondônia, e Cláudio Castro (PL), do Rio, embora figurem com intenções de voto mais próximas a suas avaliações positivas, somam pouco mais de metade da preferência entre eleitores que consideram suas gestões ótimas ou boas, segundo o Ipec. Moisés e Rocha se elegeram em 2018 pelo PSL, na onda bolsonarista, enquanto Dantas, Brandão e Castro assumiram o Executivo já durante o mandato e têm menos tempo na cadeira do que outros postulantes à reeleição.
Governadores em 1º lugar na corrida:
RN – Fátima Bezerra (PT);
MT – Mauro Mendes (União);
ES – Renato Casagrande (PSB);
AC – Gladson Cameli (PP);
DF – Ibaneis Rocha (MDB):
RR – Antonio Denarium (PP).
MG – Romeu Zema (Novo);
PR – Ratinho Jr (PSD);
GO – Ronaldo Caiado (União);
TO – Wanderlei Barbosa (Rep);
PB – João Azevedo (PSB);
RJ – Cláudio Castro (PL);
MA – Carlos Brandão Jr (PSB);
SC – Carlos Moisés (Rep);
PA – Helder Barbalho (MDB);
Governadores empatados
AL – Paulo Dantas (MDB);
AM – Wilson Lima (União);
RO – Marcos Rocha (União).
Governador em 3º lugar
SP – Rodrigo Garcia (PSDB).