Polícia Federal indicia ex-deputado Roberto Jefferson por quatro tentativas de homicídio

Roberto Jefferson. Foto: Felipe Menezes/PTB Nacional

O ex-deputado Roberto Jefferson foi indiciado por quatro tentativas de homicídio, após disparos contra atentes da Polícia Federal que cumpriam determinação da Justiça com mandado de prisão preventiva. O ex-deputado disparou tiros de fuzil e jogou granadas contra a viatura da polícia se encontrava perto de sua casa em Levy Gasparian, no interior do estado do Rio.
O ex-presidente Lula (PT) levou o episódio para o horário eleitoral de sua campanha na disputa do segundo turno a se realizar no domingo próximo. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, por sua vez, manteve o esforço para descolar-se do ex-aliado e minimizar os danos em sua campanha.

O caso repercutiu fortemente nas mídias digitais e a ação de Roberto Jefferson aos policiais dividiu as redes sociais de apoio ao presidente. Ontem, segunda-feira, em depoimento à Polícia Federal após ser preso em flagrante por tentativa de homicídio, o ex-deputado afirmou que deu cerca de 50 tiros de fuzil em uma viatura da PF.

E que jogou três granadas contra a equipe que foi até sua casa em diligência. Segundo Jefferson, foi lançada uma granada “atrás da viatura quando os policiais saíram e uma dentro de casa para assustar o policial que estava dentro da residência”.
Roberto Jefferson disse que os dispositivos eram de efeito moral. Além disso, sustentou que “não atirou para machucar”. “Se quisesse, matava os policiais, pois estava em posição superior e com fuzil de mira”, relatou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou ontem a prisão e os tiros dados pelo ex-deputado e questionou qual sua relação com o caso. “Tenho vários amigos pelo Brasil, se algum fez besteira o que tenho a ver com isso?”, disse.

O presidente também deu nova versão sobre ter afirmado que não teria foto com Roberto Jefferson. “Algum repórter perguntou se ele era colaborador da campanha. Não tenho foto dele enquanto colaborador — um absurdo. Tem foto minha de montão com ele por aí”, afirmou.

O ex-deputado foi transferido na noite de ontem para o presídio Pedrolino Werling (Bangu 8), no Complexo de Gericinó. Ele encontrava-se na cadeia de Benfica.

Distância

Não é apenas o presidente Jair Bolsonaro (PL) que deseja distanciar-se de Roberto Jefferson. Líderes do PTB no Congresso, partido que encolheu nesta eleição, manifestaram-se contra a atitude do presidente de honra da agremiação.

O líder na Câmara, Paulo Bengston (PTB-BA), disse que os correligionários prestaram solidariedade no grupo de Whatsapp, mas que depois do que ocorreu “ninguém na legenda apoiou a desproporcional violência”.

O partido tenta evitar que o episódio atrapalhe a possível fusão com o Patriota, a ser discutida amanhã. O líder no Senado, Roberto Rocha, reforçou que “não pode haver beligerância”.

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