Partidos pequenos que não alcançaram a chamada cláusula de barreira nas eleições deste ano negociam fusão para sobreviver no Congresso. Das seis agremiações que se encontram nessa situação cinco (PTB, PSC, Patriota, PROS e Solidariedade) discutem o futuro em conjunto.
O NOVO, que tinha oito deputados federais e caiu para uma banca da de três, recusou-se a participar desses entendimentos. O partido elegeu um único governador em 2018, Romeu Zema, em Minas, que conseguiu a reeleição no primeiro turno. Mas fracassou nesse pleito, sendo alvo de críticas de seu fundador, João Amoedo, que se encontra afastado do comando da legenda.
A busca por fusão entre esses partidos tem como pano de fundo sua própria sobrevivência, já que se tornaram legendas com pequena representação na nova realidade do Congresso Nacional. A regra da cláusula de barreira, instituída pela reforma eleitoral de 2017, não extingue os partidos por completo, mas busca reduzir a fragmentação pela asfixia financeira.
No ano passado, esses partidos receberam recursos do Fundo Partidário, que somam, ao todo, R$ 126 milhões. No ano que vem não ganharão nada, se não se fundirem.
Crescimento no Senado
A bancada ruralista deve ampliar seus integrantes também entre os senadores. Haverá retorno de antigos integrantes que estavam sem mandato e a vitória de aliados que ocupavam outros cargos, como de deputado federal.
A Frente Parlamentar da Agropecuária projeta ao menos 40 senadores de um total de 81, no ano que vem. Na legislatura que se encerra, a bancada era composta de 39 membros. Esse cálculo não considera possíveis adesões nos momentos de votações importantes. Tais adesões podem levar o total para 45 senadores.
O grupo será decisivo em votações estratégicas como projetos envolvendo questões ambientais. O grupo foi reforçado por nomes como o da ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS), eleita com 60% dos votos (829.149) sobre o segundo candidato, o ex-ministro da Saúde, Henrique Mandeta (UB).