Pablo Marçal reafirma candidatura após PROS ensaiar apoio a Lula

O pré-candidato Pablo Marçal (Pros). Foto: divulgação/Pros

Após ensaiar apoio à campanha petista, o presidente nacional do PROS, Marcus Holanda, anunciou a candidatura de Pablo Marçal à Presidência, com o afastamento da campanha de Lula (PT) ao Palácio do Planalto. Embora sem nome definido, uma mulher será candidata a vice, sendo a terceira chapa formada por mulheres (antes, o PSTU e o MDB/PSDB já haviam divulgado os nomes das candidatas).

As decisões sobre a indicação de Pablo Marçal foram anunciadas em entrevista convocada às pressas na manhã desta quinta-feira (4). “No nosso partido não tem lugar para ladrão. E o Lula é tão ladrão que tentou roubar até minha candidatura. Ele está tão desesperado que ele tentou roubar os 17 segundos de TV que a gente tem”, disse Marçal.

A desistência da candidatura foi negociada por parte do então presidente do partido, Eurípedes Jr., que costurou acordo com Geraldo Alckmin (PSB), vice de Lula, e Aloizio Mercadante, um dos coordenadores da campanha.
O apoio era de interesse da chapa petista, que ganharia mais tempo de televisão e ampliaria a aliança em torno de Lula, que tenta se aproximar da vitória ainda no primeiro turno das eleições.

Reviravolta judicial

A decisão do PROS de voltar atrás no acordo com o PT ocorre após reviravolta no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Isso porque o comando do partido enfrenta disputa judicial entre Eurípedes Jr. e Marcus Holanda. Eurípedes Jr. fundou o partido em 2010 e foi afastado do cargo após suspeitas iniciadas no ano passado.

Interlocutores afirmam que o ex-presidente nacional é suspeito apoderar-se de um helicóptero do partido, além de outros bens comprados com recursos do fundo partidário. O prejuízo somaria R$ 50 milhões. Eurípedes Jr, nega as acusações.

Em março deste ano, Eurípedes foi afastado do cargo por decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJD-FT). Marcus Holanda, policial reformado, assumiu o comando da sigla, momento em que começaram as movimentações para lançar candidatura própria, encabeçada pela figura de Pablo Marçal. O nome foi oficializado em convenção partidária realizada no último domingo (31/07).

Na manhã seguinte, segunda-feira (1º), uma decisão assinada pelo ministro Jorge Mussi, vice-presidente do STJ, devolveu a presidência da sigla a Eurípedes Júnior até que TJD terminasse de julgar o caso. Reconduzido ao cargo, Eurípedes começou as tratativas para retirada de candidatura própria ,em apoio a Lula.
Contudo, a decisão foi cassada na noite de quarta-feira (3) pelo ministro Antonio Carlos Ferreira, também do STJ. O magistrado considerou que a ação deve ser analisada pelas instâncias precedentes e, por isso, julgou que a Corte ainda não teria competência para apreciá-las.

Assim, Marcus Holanda retornou ao comando do partido e reafirmou o lugar de Marçal na disputa pelo Palácio do Planalto. A reviravolta aconteceu a tempo do encerramento do período das convenções partidárias, prazo estabelecido pelo calendário eleitoral para oficialização e homologação das campanhas junto ao TSE.

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