A filiação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin é o próximo passo para concretizar a aliança com Lula, candidato à presidência da República, o que precisa ocorrer até o dia 2 de abril. Até agora, a principal aposta é a filiação ao PSB.
No entanto, o presidente da legenda, Carlos Siqueira, afirmou que ainda não há data para a assinatura da filiação. “A hora que ele quiser estamos prontos. Mas ainda não há uma data”, afirmou à Arko Advice. Na agenda de Alckmin, por ora, também não há previsão para que isso ocorra.
A cautela adotada tem explicação. Na última semana, Alckmin ficou incomodado com a confirmação, pelo PSB, de que a filiação do ex-governador ao partido estava “certa”. A sinalização de que a situação causou desconforto foi a reunião de Alckmin na sexta-feira (11), com o presidente do Partido Verde, Luiz Penna. O movimento deixou o Partido Verde otimista, tanto que na legenda ainda se fala na possibilidade de abrigar o ex-governador.
PSB sem federação
Nos últimos meses o Partido dos Trabalhadores, Partido Socialista Brasileiro, Partido Verde e o Partido Comunista do Brasil, realizaram reuniões de trabalho em busca de uma federação. Nas últimas reuniões foi apresentado documento que sugeriu melhorias e regras que dizem respeito à formação da federação partidária, mas os novos pontos não foram aceitos.
O PSB optou por ficar de fora da federação. Na última reunião realizada na sede do PSB, o presidente da sigla afirmou que o assunto ainda não está maduro, mas irá continuar apoiando os outros partidos.
De acordo com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Geraldo Alckmin ainda pode ser o vice de Lula nas eleições à presidência de 2022. Gleisi disse que o não fechamento da federação não impede que o ex-governador de São Paulo esteja na campanha de Lula.