Ciro Gomes repetiu um mote de sua campanha – a crítica a “polarização odienta”, numa referência a disputa entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula (PT). Num aceno aos mais pobres, prometeu criar um programa de Renda Mínima no valor de R$ 1 mil.
O ex-ministro defendeu o combate à fome e a união do Brasil. E convidou os eleitores a “olhar para frente”, evitando a repetição da disputa de 2018 – Bolsonaro contra o PT. A partir dessa união, Ciro acredita que é possível reconciliar o país.
Além do programa de Renda Mínima, Ciro Gomes também prometeu criar um imposto sobre grandes fortunas (para patrimônios acima de R$ 20 milhões) para financiar o programa social, mudar tanto o modelo econômico quanto uma governança política.
Criticou o modelo do presidencialismo de coalizão, afirmando que os governos anteriores indicam que esse sistema gera uma “crise eterna”. O ex-ministro também prometeu criar um plebiscito sobre as reformas.
Questionado se isso não deslegitimaria o Poder Legislativo, disse que, ao contrário do PT, não deseja replicar o populismo latino-americano, citando países como Nicarágua e Venezuela como exemplos desse modelo populista.
Ciro Gomes prometeu, se eleito, não disputar a reeleição, defendeu que a eleição de outubro seja um plebiscito programático, lembrou o PDT, seu partido, e a relação do trabalhismo com a educação.
Ciro também prometeu criar a lei antiganância, direcionado a quem possui dívidas com o cartão de crédito e cheque especial. Paralelamente a essas propostas polêmicas, Ciro formulou um discurso antipolarização. Pediu ajuda para se livrar da “bola de chumbo do passando”, apelando para a parcela do eleitorado que vota em Lula porque rejeita Bolsonaro e vice-versa.