As vendas financiadas de veículos novos e usados no Brasil registraram crescimento de 15,4% em maio deste ano na comparação com o mesmo mês de 2023, segundo dados da B3. No total, as vendas alcançaram 577 mil unidades, incluindo autos leves, motos e veículos pesados.
No entanto, em relação ao mês de abril deste ano, houve uma queda de 5,6%. De acordo com o gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado da B3, Gustavo de Oliveira Ferro, a retração se deve principalmente ao impacto das enchentes no Rio Grande do Sul no final do mês passado.
“Os resultados de maio seguem a tendência de crescimento neste ano em relação a 2023. A queda na comparação com o mês anterior está relacionada principalmente à tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul, com impacto direto no varejo local e na operação do Detran desse estado”, explicou Ferro.
O Detran-RS ficou sem operar entre os dias 7 e 25 de maio devido às inundações, o que ocasionou um represamento nas operações de financiamento de veículos. Com a retomada das atividades no dia 26, parte das transações represadas foi efetivada no final de maio e outra parte no início de junho.
Venda financiada de veículos em alta
Apesar da queda, o setor acumula alta de 24,4% no acumulado do ano em comparação com 2023. Financiamentos de veículos disparam 24,4% nos cinco primeiros meses, com 559 mil unidades a mais que em 2023. Esse desempenho representa a melhor performance para o período desde 2011.
Já o financiamento de carros subiu 14,4% em maio comparado a 2023, porém caiu 6% em relação a abril. Em relação ao financiamento de veículos pesados, cresceu 12,8% na comparação anual, mas recuou 5,1% no comparativo mensal.
As vendas financiadas de motos subiram 18,1% em maio comparado ao mesmo mês do ano passado, porém caíram 1% em relação a abril. Por fim, segundo Ferro, os dados demonstram que o setor está se recuperando gradativamente dos impactos das enchentes no estado gaúcho.
“Com a retomada das operações do Detran, esperamos que o ritmo das vendas financiadas volte a se normalizar nos próximos meses”, afirmou.