Em junho, o Brasil enviou US$3,6 bilhões a mais do que recebeu do exterior, caracterizando um déficit na balança de pagamentos. O Banco Central (BC) divulgou o detalhamento sobre as transações correntes internacionais nesta sexta-feira (25).
No mesmo período do ano de 2022, o saldo negativo da conta corrente foi maior, US$5,28 bilhões. No acumulado de 12 meses, a diferença alcançou o déficit de US$51,06 bilhões, equivalente a 2,52% do Produto Interno Bruto (PIB).
A balança de pagamentos é a diferença entre o que se arrecada e o que se paga em transações internacionais, relacionadas ao comércio, às rendas e às transferências unilaterais.
O comércio é a transação entre bens, e nesta categoria, houve um superávit de US$7,2 bilhão em julho deste ano. No quesito renda, que considera os serviços prestados, foi registrado um déficit de R$3,2 bilhões. Por fim, a renda primária de transferências unilaterais, na qual está incluída a remuneração de trabalhadores e capital, apresentou saldo negativo de US$7,7 bilhões.
Investimentos diretos
Os investimentos diretos no país somaram saldo líquido de US$4,2 bilhões em julho, um valor inferior em cerca de U$3 bilhões em relação ao mesmo mês de 2022. Entram para a conta participação no capital e operações intercompanhia, ou seja, de forma simplificada, lucros, dividendos e remessas enviadas entre matrizes e filiais de uma empresa.
Reservas internacionais
As reservas internacionais somaram US$345,5 bilhões em julho de 2023, valor US$1,9 bilhão superior em comparação ao mês anterior. O resultado decorreu de contribuições positivas por variações de paridades, US$1,1 bilhão, variações de preços, US$302 milhões, e da receita de juros, US$632 milhões.