O relator do arcabouço fiscal no Senado, Omar Aziz (PSD- AM), confirmou ontem, segunda-feira, que a regra fiscal deve ser votada na Comissão de Assuntos Econômicos e no plenário entre os dias 20 e 21, na próxima semana. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), confirmou que o governo busca articulação no Congresso para evitar mais modificações no projeto de lei do arcabouço fiscal.
Jacques Wagner disse que possível revisão da regra pode ocorrer “lá na frente”, ou seja, após a aprovação. “Vai haver um pedido do governo para que não haja modificações, não que elas não sejam meritórias, mas queremos aproveitar essas boas notícias sobre inflação e crescimento do PIB, e consolidar logo o arcabouço fiscal”, disse.
O governo espera votar a proposta na próxima semana na tentativa de sinalizar positivamente para o Comitê de Política Econômica do Banco Central (Copom), que se reúne exatamente na data em que se espera a votação do projeto do arcabouço fiscal.
A ideia é que o Palácio do Planalto continue trabalhando nos próximos dias para evitar que a proposta enviada pela Câmara seja alterada pelos senadores e, com isso, tenha que retornar à Casa de origem, o que atrasaria ainda mais a sanção da matéria.
A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vê espaço para que a redução da taxa básica de juros termine o ano no patamar de 12%. A expectativa do mercado é que a Selic comece a cair a partir de agosto.
Para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, os agentes de mercado estão precificando positivamente as medidas econômicas adotadas pelo governo. “O mercado está dando credibilidade ao que está sendo feito, o que abre espaço para uma atuação em política monetária lá na frente”, disse durante encontro com empresários do segmento de varejo.