Projeto limita a desoneração da folha de pagamento

Foto: Agência Brasil

Projeto de lei coloca limite na desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. A desoneração, que já existia desde o governo Dilma (2012) e acabaria em 2023, foi prorrogada pelo Congresso e vetada pelo governo Lula. Além disso, o Congresso derrubou integralmente o veto, restabelecendo a desoneração por meio de lei.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

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Antes de enviar o projeto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou a Medida Provisória 1208/24, que revoga partes da MP 1202/23 e, na prática, mantém a desoneração para os 17 setores neste ano, como queriam vários parlamentares.

As comissões da Câmara dos Deputados espera o projeto para análise. Contudo, o texto tramitará em regime de urgência constitucional.

 Beneficiados com a desoneração da folha

Os 17 setores beneficiados pela desoneração são:

  • Confecção e vestuário;
  • Calçados;
  • Construção civil;
  • Call center;
  • Comunicação;
  • Construção e obras de infraestrutura;
  • Couro;
  • Fabricação de veículos e carroçarias;
  • Máquinas e equipamentos;
  • Proteína animal;
  • Têxtil;
  • Tecnologia da informação (TI);
  • Tecnologia da informação e comunicação (TIC);
  • Projeto de circuitos integrados;
  • Transporte metroferroviário de passageiros;
  • Bem como, transporte rodoviário coletivo; e
  • Transporte rodoviário de cargas.

Reoneração da folha de pagamentos

A MP da folha de pagamento previa que haverá uma reoneração gradual pelos próximos quatro anos sobre a folha de pagamento. De acordo com a Fazenda, em 2024, o objetivo é recuperar R$ 6 bilhões em arrecadação.

Contudo, o governo determinou que a desoneração só deve incidir sobre o primeiro salário mínimo recebido pelos empregados. A cota patronal de contribuição à Previdência Social, contudo, fica restabelecida para pagamentos acima desse valor.

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De acordo com a Receita Federal, a manutenção da desoneração para esses setores representará para o governo uma renúncia fiscal de R$ 12 bilhões em 2024, R$ 12 bilhões em 2025, R$ 13 bilhões em 2026 e R$ 13 bilhões em 2027.

 

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