Nessa quinta-feira (8), o governo brasileiro anunciou o lançamento do projeto de integração na América do Sul, batizado de Rotas para a Integração. A iniciativa contará com 124 obras em 11 estados fronteiriços, principalmente focadas em infraestrutura, e com aporte financeiro de US$10 bilhões.
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Participam da cooperação o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o CAF-Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco de Desenvolvimento (FONPLATA) e o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO).
Os investimentos permitirão a construção de cinco rotas para escoamento de produtos:
- Rota da Ilha das Guianas: inclui integralmente os estados do Amapá e de Roraima e partes do território do Amazonas e do Pará, sendo fronteiriça com a Guiana, a Guiana Francesa, o Suriname e a Venezuela.
- Rota Multimodal Manta-Manaus: contempla inteiramente o estado Amazonas e partes dos territórios de Roraima, Pará e Amapá, interligando-se por via fluvial a Colômbia, Peru e Equador.
- Rota do Quadrante Rondon: formado pelos estados do Acre e de Rondônia, por toda a porção oeste de Mato Grosso, com conexões via Bolívia e Peru.
- Rota de Capricórnio: desde os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, ligada, por múltiplas vias, ao Paraguai, Argentina e Chile.
- Rota Porto Alegre-Coquimbo, abrangendo o Rio Grande do Sul, integrada à Argentina, ao Uruguai e ao Chile.
Rotas de Integração e o Novo PAC
No Brasil, todas as obras estão incluídas no Novo PAC. As iniciativas do plano têm previsão de aportes públicos ou de investimento privado. É o caso da linha de transmissão Manaus-Boa Vista, que levará energia do sistema interligado nacional a Roraima e poderá abastecer também a Venezuela por meio da rede já existente.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da cerimônia de lançamento. Durante o anúncio, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), afirmou que é um acordo para acelerar a integração no continente. “Trata-se de um ‘PAC da Integração’, que contempla infovias, hidrovias, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e linhas de transmissão de energia elétrica”, afirmou Tebet.