Nesta terça-feira (26), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de 0,35% no mês de setembro. O índice, considerado a prévia da inflação, acumula variação de 5% nos últimos 12 meses, valor acima do teto da meta de inflação de 4,75% ao ano.
Em agosto, o IPCA-15 registrado foi de 0,28%. A alta de 0,07% no mês de setembro é influenciada pelo aumento de 5,18% no preço da gasolina. O combustível faz parte do grupo de transportes, uma das nove categorias que compõem o índice.
Além de transporte (2,02%), o recorte de habitação (0,30%) também contribuiu com a prévia da inflação. Por outro lado, o destaque de deflação é a categoria alimentação e bebidas (0,77%).
O IPCA-15 é medido nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. Somente em Salvador houve variação negativa de 0,03% e, em Belém, foi aferido crescimento de 1%, o maior valor entre as regiões avaliadas.
Relação Selic e prévia da inflação
O crescimento da inflação é uma preocupação que impede a queda acentuada da taxa de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) publicou hoje (26) a ata da reunião na qual foi estabelecida a Selic de 12,75% ao ano. Segundo o Copom, o cenário global e as medidas fiscais ainda não conferem segurança para acelerar o processo de desinflação.
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“O Comitê seguiu avaliando que, entre as possibilidades que justificariam observarmos expectativas de inflação acima da meta estariam as preocupações no âmbito fiscal, receios com a desinflação global e a possível percepção, por parte de analistas, de que o Copom, ao longo do tempo, poderia se tornar mais leniente no combate à inflação. Desse modo, o Comitê avalia que a redução das expectativas virá por meio de uma atuação firme, em consonância com o objetivo de fortalecer a credibilidade e a reputação tanto das instituições como dos arcabouços econômicos”, informa o documento.