Preço da gasolina começa a refletir, em junho, mudanças anunciadas pela Petrobras

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após o corte nos preços da gasolina nas refinarias, anunciado pela Petrobras na terça-feira, o valor pago pelo consumidor nas bombas deve ter redução de 7,1% a partir do mês que vem, segundo estudo de especialistas. No mês, o preço médio do combustível no país deve ficar em R$ 4,80 o litro.

Em relatório, os economistas Fábio Silveira, Bruno Guidotte e André Casalta ainda estimam queda de 6,5% nos preços do diesel ao consumidor, ficando em R$ 4,86 o litro, em média. A expectativa da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) é de que o preço da gasolina ao consumidor caia, em média, R$ 0,29 no litro.

Os cortes nos preços dos combustíveis anunciados pela Petrobras nas refinarias devem reduzir em cerca de 0,6 ponto porcentual a inflação oficial no país entre os meses de maio e junho, calculou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Vibre/FGV).

Na terça-feira, a Petrobras informou em nota que vai substituir a atual política de reajuste de preços dos combustíveis, com paridade de preço internacional (PPI) por um novo sistema, que leva em conta também o mercado local.

Impacto na cota

O projeto de lei 1292/23, que tramita em caráter de urgência na Câmara poderá levar a aumento de até R$ 93 bilhões a conta de luz, segundo cálculo feito por seis associações ligadas ao setor elétrico. O PL, de iniciativa do deputado mineiro Lafayette de Andrade (Rep.MG) trata de subsídios dados ao setor de geração distribuída (GD), que atua, principalmente, em energia solar, a partir de sistemas fotovoltaicos de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos.

O projeto teve urgência aprovada semana passada e pode ser votado a qualquer momento. A proposta altera as interpretações da Aneel sobre a Lei 14.300, que criou o Marco Legal da Microgeração e Minigeração Distribuída em 2022. Isso, segundo as entidades, pode deixar o setor elétrico “ainda mais disfuncional”.

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