O mês de março marcou uma reviravolta positiva para a caderneta de poupança. De acordo com o Banco Central (BC), essa modalidade teve um saldo positivo de R$ 1,3 bilhão. Portanto, houve mais depósitos do que saques. No último mês, foram aplicados R$ 324,7 bilhões. Enquanto os saques totalizaram R$ 323,4 bilhões, com rendimentos creditados de R$ 4,9 bilhões, resultando em um saldo total na poupança de R$ 975,8 bilhões.
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Este montante positivo contrasta com os meses anteriores, pois tanto em fevereiro quanto em janeiro de 2024, houve uma saída líquida, com mais saques do que depósitos, respectivamente, R$ 3,8 bilhões e R$ 20,1 bilhões. Além disso, em comparação com março de 2023, quando os saques superaram os depósitos em R$ 6,1 bilhões, evidencia-se uma melhoria no cenário da poupança.
Saques na poupança
O alto endividamento da população é um dos fatores que influenciou o aumento dos saques na poupança ao longo dos anos. Em 2023, por exemplo, houve uma saída líquida significativa de R$ 87,8 bilhões, embora menor em relação a 2022, quando atingiu R$ 103,24 bilhões. O contexto era de inflação e endividamento elevados.
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Selic
Além disso, a manutenção da taxa básica de juros, Selic, em patamares elevados tem estimulado os investidores a buscar alternativas com melhor desempenho. O ciclo de aperto monetário conduzido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que elevou a Selic por 12 vezes consecutivas de março de 2021 a agosto de 2022, contribuiu para esse movimento.
No entanto, após esse período, o BC reduziu a Selic consecutivamente por seis vezes, chegando a 10,75% ao ano, refletindo uma mudança na política monetária.