O Produto Interno Bruto (PIB) dos países que compõem o G20 sofreu um tombo recorde de 3,4% no primeiro trimestre de 2020, puxado sobretudo pela retração econômica da China, primeiro país afetado pela pandemia de Covid-19. Outros países que sofreram redução foram: Itália e França (ambas de 5,3%), Alemanha (2,2%), Canadá e Reino Unido (ambos com 2,1%), Brasil (1,5%), Estados Unidos e Coreia do Sul (ambos 1,3%).
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), essa foi a maior queda do grupo das maiores economias do mundo desde o início da série histórica, em 1988. Apenas dois países do G20 tiveram alta no PIB: Índia (0,7%) e Turquia (0,6%). A retração foi o dobro da maior queda já registrada anteriormente, no 1º trimestre de 2009, quando caiu 1,5%. A OCDE projeta recessão mundial de 6% para 2020, caso a pandemia seja controlada. E se houver uma segunda onda de infecções, a retração pode chegar até 7,6%.
No Brasil, a queda do PIB deve chegar a 7,4% em 2020, e aumentar 4,2% em 2021. No entanto, se houver uma segunda onda do surto, pode contrair 9,1% neste ano, crescendo apenas 2,4% em 2021. Além disso, o economista Jens Arnold, da OCDE, projeta que o PIB per capta do Brasil seja cerca de 5% mais baixo em 2021 do que em 2019, podendo chegar a 8% e ser mais baixo do que em 2011. O desemprego pode atingir o recorde histórico de 15,4% no próximo ano e a dívida pública bruta pode se aproximar de 90% do PIB.
Os fundos de pensão dos 37 países membros da OCDE sofreram baixa de US$ 2,5 trilhões no primeiro trimestre, por conta da pandemia de coronavírus. A projeção da entidade é que os fundos somariam um total de US$ 32,3 trilhões no final de 2019, porém, no primeiro trimestre de 2020 sofreram uma queda de 8% do montante, chegando a US$ 29,8 trilhões.