ONU: Mercadante alerta para mudanças em combustíveis para aviões

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, destacou a necessidade de adaptação para as regras de combustíveis para navegação e aviação. As medidas, determinadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), visam reduzir as emissões de carbono para combater o aquecimento global. Mercadante enfatizou que o Brasil deve se preparar para essas alterações, a estatal está comprometida em encontrar soluções para enfrentar esse desafio.

Aloizio Mercadante – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Durante a apresentação do balanço financeiro do BNDES, nessa quinta-feira (9), referente ao primeiro trimestre de 2024, Mercadante ressaltou a importância do combustível sustentável na aviação.

– A ONU já definiu a data e o volume de combustível renovável que deve ser utilizado a partir de 2027 – complementou.

Para isso, o BNDES está financiando a produção de SAF (Sustainable Aviation Fuel), um combustível sustentável para essa modalidade de transporte. Essa iniciativa é tem como objetivo reduzir as emissões e avançar na transição para uma economia mais verde.

No entanto, a preocupação maior recai sobre a navegação marítima, que responde por cerca de 90% do transporte de mercadorias no mundo. Mercadante alertou sobre as multas previstas para empresas que não descarbonizarem seus combustíveis. Além disso, mencionou desafios logísticos para o Brasil em relação a outros países, como a Austrália.

Mercadante ressaltou que o BNDES está trabalhando em soluções para evitar a perda de competitividade no comércio internacional devido a essas mudanças.

Ferramentas para impulsionar determinações da ONU

Uma ferramenta estratégica para impulsionar essa transição é o Fundo da Marinha Mercante, do qual o BNDES é responsável por 75%. Mercadante revelou que estão em andamento R$ 6,6 bilhões de reais em contratos para a construção de embarcações, como balsas, rebocadores e empurradores. Além disso, para transportar grãos e minério.

Para enfrentar os desafios de curto prazo, ele sugeriu o uso de etanol e metanol, combustíveis dos quais o Brasil é o segundo maior produtor. O presidente do BNDES acredita que o Brasil, com sua avançada produção de etanol, pode atender a essa demanda crescente, mas será necessário dobrar a produção para acompanhar o ritmo das mudanças globais.

Postagens relacionadas

Lula sanciona reoneração da folha de pagamentos

Mercado financeiro eleva projeção de inflação e ajusta PIB para 2024

Brasil e China: país asiático é o maior importador de produtos do agro brasileiro

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais