Na última semana, a Organização Mundial do Comércio (OMC) informou que, apesar de o fluxo internacional de mercadorias ter recuado a uma taxa recorde nos primeiros meses do ano devido à pandemia de Covid-19, a previsão inicial da organização, de que o comércio mundial de bens teria um recuo entre 13% e 32% em 2020 – antes de se recuperar em 21% a 24% em 2021 -, não chegou a se concretizar.
De acordo com a OMC, as respostas rápidas dos governos ajudaram a amenizar os impactos. Os economistas da organização agora acreditam que, embora os volumes comerciais registrem um declínio acentuado em 2020, é improvável que eles atinjam o pior cenário que havia sido projetado.
Segundo o diretor-geral da OMC, Roberto Azevedo, é esperado que o mundo ainda presencie a maior queda já registrada do comércio, mas a realidade poderia ter sido muito pior. Na situação atual, o comércio só precisaria crescer 2,5% ao trimestre pelo restante do ano para atender à projeção otimista, apontou a organização, embora isso ainda seja pior do que no auge da crise financeira em 2009, quando o comércio recuou 12,5%.
A OMC ainda não estabeleceu novas projeções para 2020 e 2021.