O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) divulgou nesta quarta-feira (19) a informação de que 18 barragens da mineradora Vale, em Minas Gerais, precisam de uma “intervenção preventiva” para minimizar os riscos causados pelas fortes chuvas que atingem o Estado.
Técnicos da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e do Ministério Público de Minas Gerais analisaram informações fornecidas por empresas responsáveis por 31 barragens em situação de emergência existentes no estado, e concluíram que 18 empreendimentos- todos da Vale- apresentam alguma ocorrência a ser tratada para evitar maiores danos às estruturas.
Entre as estruturas que deverão passar por alguma intervenção preventiva, três estavam em nível 3 de emergência. As mais preocupantes são a Barragem B3/B4, em Nova Lima; a Sul Superior, em Barão de Cocais e Forquilha III, em Ouro Preto. Segundo o MP-MG, as recentes chuvas não causaram danos estruturais a nenhuma delas e os técnicos se limitaram a pedir que a mineradora repare eventuais processos erosivos na área ao redor dos empreendimentos.
A Feam e o MP-MG notificaram a Vale para que adote uma série de medidas preventivas, como a manutenção e limpeza dos sistemas de drenagem das barragens; redução da contribuição pluvial da bacia de drenagem para o reservatório da barragem; entre outros. A partir da notificação, feita na quarta-feira (19/1) pelo Ministério Público, a mineradora terá dez dias para apresentar um relatório técnico com informações sobre as medidas já implementadas e o cronograma de trabalho.
A Vale informou, em nota, que avaliará o conjunto de orientações feitas pelo MP-MG e pela Feam. A empresa assegurou que suas três barragens em nível 3 de emergência não apresentaram nenhuma recente alteração estrutural e só são acessadas por equipamentos controlados à distância.