O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, montou um núcleo especial voltado para a elaboração da proposta com representantes de todas as áreas do ministério. A orientação do ministro é para que a proposta de reforma seja aprovada no primeiro ano do terceiro mandato de Lula.
Nesse sentido, Haddad deu orientação para que a equipe econômica esteja preparada para dar resposta ágil para qualquer demanda sobre detalhes técnicos da proposta e suas implicações.
Além disso, Haddad quer desconstruir “mitos” que ele considera equivocados sobre o impacto da reforma. A missão dada ao grupo é para que nada fique sem resposta. A força-tarefa da reforma está sendo reforçada também por especialistas da área tributária de fora do ministério.
O ministro afirmou, durante entrevistas ao jornal Valor, que a reforma manterá a carga de impostos no nível atual, o que ajudará a colocar o Brasil em uma trajetória fiscal sustentável.
Combinada com a aprovação do novo arcabouço fiscal que ele prometeu apresentar em abril, as mudanças buscarão diminuir pressões inflacionárias e, consequentemente, facilitarão a condução da taxa básica de juros pelo Banco Central.
Para Haddad, os últimos atos do governo Bolsonaro e os ataques às sedes dos Poderes, abriram espaço para o governo ampliar sua base no Congresso. O ministro chamou atenção para o nível de inflação observado em outros países e disse ser importante notar isso na hora de decidir a taxa a ser perseguida no país.
Fernando Haddad destacou que o comportamento das expectativas será essencial para decidir a meta da inflação para 2026, o que será definido na reunião em junho do Conselho Monetário Nacional, presidido por ele.