Pelas previsões do Ministério de Minas e Energia, haverá participação de, pelo menos, 11 multinacionais de petróleo na disputa pelos excedentes da cessão onerosa, em 6 de novembro. O governo espera receber até R$ 106 bilhões em bônus de assinatura.
O secretário executivo adjunto do ministério, Bruno Eustáquio de Carvalho, disse que foram realizadas três rodadas de “conversas one-on-one” (com cada uma das várias petrolíferas) para dirimir dúvidas sobre o leilão na área do pré-sal. Entre as empresas estão grupos como Shell, Exxon Mobil, Total, BP, Equinor, CNOOC e Petrogal. Dessa sondagem resultou a estimativa de até 11 participantes.
Para o secretário, a expectativa é ter, pelo menos, uma proposta para cada área. “Por suas características, é um ativo premium graças à ausência de risco exploratório e à produtividade dos campos.” O edital definitivo do leilão será lançado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 6 de setembro.
Bruno de Carvalho informou ao jornal Valor que a consulta pública realizada refletiu um nível de transparência reconhecido pelas próprias empresas. Após a publicação do edital, o governo pretende fazer um road show por Estados Unidos, Europa e Ásia, a fim de divulgar as oportunidades do setor de petróleo e gás natural no Brasil.
Líder na produção
O diretor da ANP, Felipe Kury, disse na semana passada, durante eventos no Rio em torno das próximas licitações de petróleo e gás, que o Brasil caminha para ser um dos líderes mundiais da produção de petróleo nos próximos dez anos. Para ele, essa possibilidade é concreta em função da atividade produtiva, que está avançando.
A 16ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios de Petróleo e Gás e a 6ª Rodada de Partilha da Produção do Pré-Sal têm leilões marcados, respectivamente, para 10 de outubro e 7 de novembro.