“Minha meta está mantida”. Com esta frase, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu o equilíbrio fiscal, nesta segunda-feira (30). “Meu papel é buscar o equilíbrio fiscal porque acredito que o Brasil precisa voltar a olhar para as contas públicas. Eu vou buscar equilíbrio fiscal de todas as formas justas e necessárias. Minha meta está mantida”, ressaltou.
Durante a coletiva, ele também enfatizou que “não há descompromisso” fiscal da parte do presidente Lula. Na última sexta-feira (27), disse que “dificilmente chegaremos à meta zero, até porque não quero fazer cortes em investimentos de obras”. As falas do presidente repercutiram negativamente na política e no mercado financeiro.
“Não há nenhum descompromisso [fiscal], muito pelo contrário. Se ele não estivesse preocupado com a situação fiscal, ele não estaria pedindo apoio da área econômica para orientar o Congresso”, pontuou.
Pautas econômicas de interesse do governo avançarão no Congresso
Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, também repercutiu a fala de Lula. Ele disse que com a economia não é possível brincar. Segundo Pacheco, as pautas econômicas de interesse do governo avançarão no Congresso ainda neste ano. Nesse sentido, as medidas arrecadatórias são a reforma tributária e a taxação de aplicações financeiras mantidas no exterior (offshores) e de fundos exclusivos.
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“Há de minha parte a propensão de ajudar nessas pautas, partindo da premissa de que a liderança da política econômica deve se dar no âmbito do governo pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. E, naturalmente, o Congresso deve ter um juízo crítico, de responsabilidade para contribuir e aprimorar as propostas. Mas há uma diretriz do governo com a qual estamos acordados”, pontuou Pacheco.