Em meio às sanções comerciais à Rússia, cerca de 3,7 milhões de barris de diesel do país estão parados na costa brasileira. Apesar do alto volume de diesel, que equivale em média a duas semanas de exportação do produto russo ao Brasil, ainda não há um motivo claro para a retenção. A informação foi publicada pela agência Bloomberg, a partir de dados da plataforma Kpler.
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Desde o início da guerra com a Ucrânia, as exportações da Rússia são alvo de sanções comerciais. Com o mercado reduzido na Europa e Estados Unidos, o país redirecionou os produtos derivados do petróleo para Brasil, Turquia e vários países do norte e oeste da África. Além deles, outros destinos são as nações do Golfo no Oriente Médio, que têm suas próprias refinar combustível.
Exportação de diesel
Desde o ano passado, a Rússia é o maior fornecedor de diesel importado ao Brasil. Em 2023, o país foi o responsável por 50,5%, enquanto os Estados Unidos, historicamente maior exportador do produto ao Brasil, tiveram 24,5% de participação. Fecham a lista com Emirados Árabes Unidos, Índia e Arábia Saudita.
Neste ano, o diesel russo segue predominante. Segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic0, as vendas de diesel da Rússia somam US$ 818,7 milhões considerando janeiro e fevereiro.
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Por outro lado, o Brasil é o segundo maior mercado para o combustível russo, atrás apenas da Turquia. Apesar de não haver informações sobre a retenção do descarregamento de barris de diesel, há outros 2,8 milhões de barris a caminho pelo Atlântico. Segundo a Bloomberg, os comerciantes afirmaram que não os enviariam se soubessem que as cargas ficaram paradas nos petroleiros.