Mercosul: Alckmin valoriza parceiros regionais e minimiza frustração com UE

Foto : Cadu Gomes/VPR

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), durante a abertura da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, destacou o comércio com países vizinhos para o desenvolvimento da indústria brasileira e disse querer aumentar as transações dentro do bloco econômico. Além disso, o vice-presidente comentou sobre a importância de negociações em bloco, apesar do fracasso do acordo Mercosul e União Europeia (UE).

“Cerca de 80% da pauta comercial é de produtos manufaturados e semimanufaturados. Nossos parceiros no bloco são essenciais no projeto de neoindustrialização”, afirmou Alckmin sobre as transações comerciais dentro do bloco.

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Apesar de sua importância para os países da região, Alckmin avalia que é preciso um volume maior do comércio entre os países sul-americanos para fortalecer o bloco. “A densidade do comércio intrabloco é um sinal de avanço na integração. Na União Europeia, cerca de 60% do comércio é intrabloco, no USMCA (antigo NAFTA), é quase 50%, na ASEAN, 25%. No Mercosul, é de apenas 10%. O comércio intrabloco tem crescido, mas precisamos mudar esse quadro”, comentou.

Geraldo Alckmin durante a Cúpula de Chefes de Estado do
Mercosul e Estados Associados. Foto : Cadu Gomes/VPR

Acordos do Mercosul

Em relação ao comércio com outros países, Alckmin celebrou a assinatura do Acordo de Livre Comércio com Singapura, o primeiro acordo de livre comércio em mais de 10 anos e o primeiro com um país asiático. Nas negociações em bloco, a grande expectativa para a reunião do Mercosul neste ano, sob a presidência do Brasil, era o anúncio de um acordo comercial com a UE. Porém, o acordo não se concretizou.

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“Quero também ressaltar os avanços importantes nas negociações entre Mercosul e União Europeia. Destaco os compromissos de ambos os lados em prol de um entendimento equilibrado no futuro próximo e a partir das bases sólidas que construímos nos últimos meses de engajamento intenso”, comentou o chefe da pasta de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços sobre a tentativa de acordo entre os blocos.

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