O mercado financeiro elevou a estimativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, pela vigésima semana seguida. A expectativa para o indicador em 2021 subiu de 7,05% para 7,11%. Analistas estimam também uma alta menor do Produto Interno Bruto (PIB).
As previsões sobre o mercado foram divulgadas pelo relatório “Focus”, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (23/8). Os dados foram levantados na última semana em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
O centro da meta de inflação, em 2020, é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Com isso, a projeção do mercado fica cada vez mais acima do teto do sistema de metas. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.
Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016. Para 2022, o mercado financeiro subiu de 3,90% para 3,93% a estimativa de inflação.
Apesar da economia ter mostrado reação no fim de 2020 e começo de 2021, as tensões políticas e dúvidas sobre a sustentabilidade das contas públicas têm contido as previsões de alta da atividade nas últimas semanas.