O ministro do Empreendedorismo, Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), estimou que o programa Acredita injetará R$25 bilhões de reais na economia com a autorização de empréstimos. A política pública também trata da renegociação de dívidas para micro e pequenos empresários.
Em entrevista à CNN, o chefe da pasta disse que o Acredita deve beneficiar 15 milhões de pessoas no MEI. Bem como, 4 milhões de micro e pequenas empresas, por meio da concessão de créditos. Já na renegociação de dívidas, França avaliou que a política atinge cerca de 2 milhões a 3 milhões de MEIs e Simples.
Além disso, o ministro declarou que o dinheiro que retornar ao Fundo Garantidor de Operações (FGO) pode ser emprestado novamente, a depender do sucesso do programa, o que poderia aumentar o alcance do programa.
– No país, o crédito é ainda muito curto e as pessoas não conseguem porque não têm a garantia. O banco quer oferecer o crédito para quem não precisa do crédito e, para quem precisa do crédito, ele não tem a garantia. Então, nós vamos resolver esse pedaço do problema – explicou Márcio França.
Surgimento do programa de renegociação de dívidas
O chefe da pasta ainda contou como surgiu a ideia do programa. Segundo França, a iniciativa partiu de um debate do Conselhão, em uma fala de Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza.
– Na reunião do Conselhão, eu vi Luiza Trajano discutindo com um dos presidentes de um importante banco do país. Ela falou: vocês querem emprestar para quem não precisa. E para quem precisa, vocês não conseguem emprestar, porque não tem garantia. Então, o governo vai ajudar com essa garantia, fazer com que o juro caia para que a pessoa possa pegar o recurso – disse França.
O ministro defendeu que os micro e pequenos empresários têm vontade de crescer. No entanto, os empresários não conseguem crescer por causa da ausência de crédito.
– Todo mundo quer ter mais um funcionário, quer ter mais estoque, quer vender mais, mas ele não consegue. Porque não consegue dar a alavancada do dinheiro porque não consegue ter o crédito – finalizou Márcio.