O leilão para geração de energia a ser gerada a partir de 2025, realizado na sexta-feira, movimentou R$ 44 bilhões em contratos, para geração de 2,9 gigawatts. A energia a ser gerada virá de usinas eólicas (1 gigawatt), térmicas a gás (734 megawatts) e fontes solares (530 megawatts).
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros, classificou o leilão como um sucesso. “Estamos adquirindo a energia suficiente e necessária para atender o crescimento do mercado”. Para ele, as contratações levam em consideração a previsão para que o país volte a ter crescimento econômico a partir do ano que vem.
Os empreendedores farão um total de R$ 11,1 bilhões em investimentos. O preço médio, de R$ 176 pelo megawatt/hora ficou 33,7% abaixo dos valores de referência. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que a contratação de fontes renováveis também é uma forma de tornar a matriz energética brasileira cada vez mais sustentável.
“Essa questão da transição energética leva também a uma diversificação da nossa matriz e a um balanceamento também para que a gente tenha segurança energética que permita um crescimento sustentável do país”. Com total de 91 geradores, 44 são fontes eólicas e 27 de usinas hidroelétricas. Há ainda onze empreendimentos de energia solar e nove usinas termelétricas. O preço médio das geradoras hidroelétricas ficou em R$ 205,78, das eólicas em R$ 98,89, das térmicas em R$ 188,88 e das solares em R$ 84,39.
Os contratos com as hidrelétricas têm validade de 30 anos, os com as térmicas de 25 anos e os termos com as eólicas e solares, 20 anos. A Light (Rio) foi responsável por 38% do volume negociado e a Cemig (Minas) 15%. Também participaram do leilão as empresas estaduais de energia Celpe (Pernambuco), Cemar (Maranhão), Celpa (Pará), Coelba (Bahia) e as antigas subsidiárias da Eletrobras, privatizadas há dois anos, Boa Vista Energia (Roraima), Ceal (Alagoas) e Cepisa (Piauí).