Juros: reunião do Copom amanhã pode sinalizar início da redução da taxa básica de juros

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília

O Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central faz amanhã, quarta-feira, sua reunião prevista para o mês de junho e a expectativa é pela manutenção em 13,75% ao ano, mas com sinais de redução a partir de agosto. Essa expectativa deve ser confirmada no comunicado divulgado após a reunião.

Analistas anteciparam o primeiro corte da taxa básica de juros para agosto, além de projetarem a Selic mais baixa tanto no fim deste ano quanto de 2024, segundo pesquisa Focus divulgada ontem pelo Banco Central. A divulgação impulsionou a Bolsa brasileira, que encerrou o dia com alta de 0,92%.

O boletim semanal, no qual o Banco Central divulga a avaliação de diversos analistas de mercado, mostrou melhora nas perspectivas para a inflação e o PIB neste ano. A primeira redução da Selic, na avaliação do mercado, deve ser um corte de 0,25 ponto percentual na reunião do Copom de agosto. Para o final deste ano, a estimativa é que a taxa básica de juros esteja em 12,25% ao final deste ano.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, reuniram-se ontem, na véspera do primeiro dia de reuniões do Copom. Antes do almoço ontem, entre os dois, Haddad disse que o início de corte da taxa básica de juros (Selic) deveria ter ocorrido em março deste ano.

Confirmando as expectativas de melhoras na economia, o dólar fechou ontem no menor patamar em mais de um ano diante o real, seguindo a recente trajetória de queda. A proximidade do fim do ciclo de altas de juros nos Estados Unidos e a melhora nas perspectivas recentes sobre o cenário local têm ajudado no desempenho positivo da moeda local.

O dólar caiu 0,90%, negociado a R$ 4,7751, após atingir a mínima de R$ 4,76. É a menor cotação de fechamento desde o pregão de 31 de maio, quando a divisa encerrou a R$ 4,7516. No mês, o dólar cai 5,87% ante o real. No ano, a queda acumulada está em 9,53%.

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