Juros finais têm queda e spread bancário aumenta, diz Banco Central

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Em 2023, a taxa média de juros finais cobrados para novas contratações terminou em 28,4%. O resultado de dezembro mostra uma queda de 1,7 ponto percentual (p.p.) no ano, após a alta de 5,6 p.p. registrada em 2022. Contudo, a queda na taxa veio acompanhada de uma elevação de 0,4 p.p. do spread geral (diferença entre taxa de captação de dinheiro, pelo banco, e a cobrada dos clientes), que ficou em 19,7 p.p.

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Entre os elementos que compõem a taxa de captação pelo banco está a Selic, que recuou, no ano, de 13,75% para 11,75%. Atualmente, a Selic está em 11,25%. Os resultados são das estatísticas monetárias e de crédito de dezembro de 2023, divulgadas, nesta terça-feira (6), pelo Banco Central.

Sede do Banco Central, em Brasília. Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Pessoas físicas e jurídicas

No crédito livre, as taxas de juros cobradas de pessoas físicas ficaram em 54,2% ao ano, resultado que representa uma redução de 1,5 p.p. no ano. Esse crédito ocorre quando os bancos têm autonomia para emprestar dinheiro captado no mercado, bem como definir as taxas de juros cobrados dos clientes

De acordo com o Banco Central, o resultado aconteceu em contexto de aumentos no crédito pessoal não consignado (12,1 p.p.) e no cartão rotativo (28,9 p.p.), que é quando o consumidor não faz o pagamento total da fatura; e com recuos no crédito consignado total (2,1 p.p.), e nos financiamentos para aquisição de veículos (3,2 p.p.).

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Crédito livre

No crédito livre às empresas, a taxa de juros alcançou 21,1% a.a. Resultado de uma queda de 1,9 p.p. no ano.  Além disso, a taxa média de juros situou-se em 40,8% a.a. em dezembro de 2023 (redução de 1,0 p.p. no ano).

Segundo o BC, o crédito livre às famílias chegou a marca de R$1,9 trilhão, refletindo crescimento de 7,9% no ano, após variação de 17,5% em 2022. O crédito não rotativo aumentou 8,7% e o crédito rotativo cresceu 5,6% no período.

Foto: Freepik

– Destaca-se a expansão das modalidades crédito pessoal não consignado, crédito consignado de servidores públicos. Bem como, o de beneficiários do INSS, aquisição de veículos, cartão parcelado e cartão à vista e a redução no cartão rotativo. O BC explicou isso ao destacar que, em dezembro, os resultados apresentaram expansão de 0,3%. Com destaque para consignado dos servidores públicos, aquisição de veículos e compras à vista no cartão de crédito – declarou o banco.

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O BC acrescenta que, no mês de dezembro, há um efeito sazonal de redução em modalidades como cheque especial e cartão rotativo.

 

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