Foco na arrecadação – Análise

Foto: Designed by Freepik

O Congresso Nacional já entrou na reta final das atividades de 2023. Com o feriado de quarta-feira (15), que deve esvaziar o Congresso, restam cinco semanas de trabalho para os deputados e senadores antes do recesso parlamentar. Com isso, o governo corre para tentar aprovar suas propostas, com foco na arrecadação e nos temas econômicos, que devem centralizar o debate, em uma tentativa de melhorar o resultado primário (receitas menos despesas) do ano que vem.

Na Câmara, a Reforma Tributária (PEC nº 45/19) é o principal tema a ser discutido. Com o objetivo de promulgá-la no fim do ano, os deputados precisarão analisar as mudanças feitas pelos senadores no texto, que não foram poucas. Apesar de árdua, a tarefa conta com o apoio do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Arthur Lira – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ao mesmo tempo, o governo busca uma solução para a regulamentação das subvenções do ICMS. Tanto a MP nº 1.185/23 quanto o PL nº 5.129/23 regulamentam o tema, mas a abrangência das novas regras gera dúvidas. Deputados também dizem que é vago o entendimento do que será considerado custeio ou investimento pela Fazenda. Por isso a equipe econômica se apressa em tirar dúvidas e deve apresentar um novo texto, mais claro, com uma proposta de acordo para os parlamentares. Ainda é incerto o impacto orçamentário da medida, mas estima-se que seja em torno de R$ 35 bilhões.

Leia mais! Reforma tributária deve ser aprovada até dezembro, afirma Reginaldo Lopes

Arrecadação na CAE

No Senado, duas propostas de pauta arrecadatória em standby na Comissão de Assuntos (CAE) devem avançar. A primeira é a que regulamenta as apostas on-line (PL nº 3.626/23), aprovada na Comissão de Esporte na quarta-feira (08). O relator, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), deve apresentar seu parecer no dia 21, após negociação com o governo e lideranças do Senado e da Câmara. O impacto da medida em 2024 deve girar em torno de R$ 2 bilhões, segundo a Fazenda.

Também aguarda na CAE o PL sobre a tributação dos fundos offshores (PL nº 4.173/23). O governo quer tentar aprovar o projeto sem alterações, para que a matéria possa seguir diretamente para a sanção. Antes das mudanças promovidas pela Câmara, a previsão era de que o impacto desse projeto sobre os cofres públicos chegaria a R$ 20 bilhões.

Postagens relacionadas

Lula sanciona reoneração da folha de pagamentos

Mercado financeiro eleva projeção de inflação e ajusta PIB para 2024

Brasil e China: país asiático é o maior importador de produtos do agro brasileiro

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais