As projeções do Fundo Internacional Monetário (FMI) estimam um aumento de 2% do produto interno bruto (PIB) da dívida bruta pública brasileira. O índice deve chegar a 86,7%, neste ano. O fundo prevê um aumento ainda maior nos próximos 5 anos, podendo chegar a 93,9% do PIB até 2029. Além disso, a estimativa revela que o novo arcabouço fiscal, aprovado no ano passado, não é o suficiente para resolver o equilíbrio fiscal do país.
A informação do FMI sobre a dívida bruta brasileira este ano é um dos maiores citados em comparação a outros 36 países emergentes. Em primeiro lugar aparece o Egito (96,4% do PIB); em seguida a Ucrânia (94% do PIB); e em terceiro a China (88,6% do PIB). O relatório ainda revela que a média geral da dívida dos emergentes neste ano deve atingir 70,3% do PIB.
Os dados, que foram divulgados, nessa quarta-feira (17), fazem parte do relatório do Monitor Fiscal de 2024, durante a reunião do FMI e do Banco Mundial. Esse documento leva em consideração os títulos do Tesouro na carteira do Banco Central.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), participava do evento com outros representantes do governo. Ele chegou a comentar o resultado publicado pela autoridade monetária.
– A tempestade parecia ter ficado para trás, mas ainda estamos diante de desafios econômicos importantes – pontuou o chefe da pasta.