Para o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, o governo deverá acelerar a venda de ativos da União após superar a pandemia: “Resolvendo as mazelas do coronavírus, temos condições de colocar novamente o país em busca do equilíbrio fiscal e da retomada da agenda de reformas.”
O secretário defende que o governo adote estratégia de crescimento forte, mas “buscando equilíbrio e não aumento de carga tributária”. “Vamos precisar do fast track (via rápida) de privatização. Vamos precisar vender ativos”, declarou. Para ele, haverá elevado endividamento, em particular no segundo semestre deste ano, com a dívida pública registrando saltos em valores de nove pontos percentuais do PIB.
No saneamento, leilões adiados
O BNDES adiou para 2021 parte dos leilões de empresas estaduais de saneamento marcada para o segundo semestre deste ano devido à Covid-19. Foi o caso dos certames envolvendo as empresas de Acre, Amapá e Rio Grande do Sul.Mas continuam agendados para 2020 os leilões da Companhia de Saneamento de Alagoas(Casal) e da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae).
A desestatização da Casal, cujo processo é o mais avançado, deve se dar no fim do próximo mês. O BNDES não mencionou a possibilidade de alteração do cronograma, embora esteja em avaliação a hipótese de o leilão ocorrer de modo virtual. São previstos investimentos de R$ 2,5 bilhões na área atendida pela empresa.No caso da concessão da Cedae,pautada para novembro, a empresa deverá ser dividida em quatro blocos, perfazendo um total de R$ 32,5 bilhões de investimentos.