Ex-diretores da Americanas alvos da PF entram na lista da Interpol

A Polícia Federal (PF) incluiu os dois ex-diretores do grupo Americanas, investigados pela Operação Disclosure, na lista de Difusão Vermelha da Interpol. Segundo a PF, os alvos de prisão preventiva se encontram foragidos no exterior.

Dois investigados do caso Americanas encontram-se foragidos no exterior – Foto: Fachada das Lojas Americanas. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

De acordo com os investigadores, os ex-diretores, cujos nomes não foram divulgados, participaram de fraudes contábeis que somam R$ 25,3 bilhões. Além dos mandados de prisão preventiva, os agentes cumprem nesta quinta-feira (27), 15 mandados de busca e apreensão e o sequestro de bens e valores autorizados pela justiça, que totalizam mais de R$ 500 milhões.

As investigações contaram com a colaboração da atual diretoria da Americanas, do Ministério Público Federal (MPF) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo a PF, os alvos praticaram fraudes contábeis em operações de risco sacado, antecipando pagamentos a fornecedores por meio de empréstimos bancários.

Americanas nas colaborações

Também em nota, o grupo Americanas afirmou confiar nas autoridades e declarou que a antiga diretoria cometeu fraude contra a empresa. Sendo assim, a empresa destacou que os ex-diretores manipularam intencionalmente os controles internos. “A Americanas acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos.”

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os dirigentes da empresa que manifestaram interesse em colaborar com as investigações formalizaram um acordo de colaboração premiada. Além disso, houve intensa cooperação com um comitê externo constituído pela empresa para apurar as fraudes.

Por fim, o MPF informou que ouviu colaboradores e investigados, além de realizar perícias e análises em materiais fornecidos pela empresa e pelos colaboradores. Em junho de 2023, a empresa comunicou oficialmente ao mercado que encontrou inconsistências nas demonstrações financeiras, reforçando a existência da fraude contábil.

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