Para o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, o Plano Pró-Brasil não deveria se concentrar em gastar mais na fase pós-pandemia. A proposta do secretário é ampliar a velocidade das privatizações e concessões para facilitar o investimento maciço do setor privado em infraestrutura neste momento.
Sachsida, na equipe econômica desde a transição de governo, cuida da área de previsão e formulação de políticas públicas. Para ele, o Estado não é bom guia para a retomada econômica:“Insistir para o governo gastar mais depois da crise é um erro.”
O secretário é contra alterações no teto de gastos para dar espaço a investimentos, dizendo que o teto é o pilar macro fiscal da economia e não deve ser mudado.“A experiência do governo Dilma Rousseff nos mostrou uma importante lição. Apostar que o Estado deva liderar a recuperação econômica é insistir no erro que jogou o país na crise sem precedentes de 2015 e 2016.”
Afirmou ainda que acompanha o debate em torno do papel do Estado na fase de recuperação econômica e enfatizou a importância da nota técnica divulgada na semana passada pela equipe econômica do ministério “que mostra que a saída da crise se dá pelas reformas econômicas, e as reformas pró-econômicas são reformas pró-mercado”.
No Ministério da Infraestrutura, o plano de investimentos públicos é encarado como um complemento à agenda de concessões tocada pela pasta, que tem R$ 230 bilhões de investimento contratados até 2022.