O presidente Lula e os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; e da Casa Civil, Rui Costa; se reuniram com representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) e empresários do setor. O grupo de empresas anunciou, nessa quarta-feira (8), que projeta investir US$ 10 bilhões de dólares, nos próximos anos, em biocombustíveis no país.
Os representantes da ABIOVE agradeceram a atuação do Governo Federal na área ambiental, que tem refletido positivamente no comércio de soja. Diante disso, a política ambiental já promoveu a redução de 48% do desmatamento na Amazônia entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022.
“Eles tiveram muita dificuldade, nos últimos anos, em dar explicação com o aumento do desmatamento e a inoperância do Governo Federal no combate ao desmatamento. Nesses dez meses, eles perceberam o reflexo da melhoria da política comercial deles, tendo facilidade em não precisar explicar a origem de cada tonelada de soja produzida no Brasil”, afirmou Carlos Fávaro.
Durante o encontro, os empresários asseguraram que estão preparados para aumentar a mistura de biodiesel no diesel, conforme determinação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Após ampliação da mistura de 10% para 12% em abril, o percentual subirá para 13% em 2024. Em 2025 será de 14%. Já em 2026, chegará aos 15%.
O biodiesel é um combustível biodegradável produzido a partir de fontes renováveis, como óleos vegetais e gorduras animais. Esse processo é menos poluente do que os derivados de petróleo.
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Alguns empresários também demonstraram a intenção de investir no programa brasileiro de conversão de pastagens degradadas em áreas produtivas, que o Governo Federal planeja lançar ainda neste mês para diversificar a matriz de produção de alimentos e energia.
Na oportunidade, anunciaram o objetivo de ampliar os investimentos em infraestrutura logística em ferrovias, como já fazem em terminais portuários. Como a Ferrogrão, ferrovia que conectará a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao estado do Pará, desembocando no Porto de Miritituba, cujo licenciamento ambiental está pendente.