O presidente Lula (PT) recebeu, nesta quarta-feira (21), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken. Na reunião, Blinken reafirmou apoio ao Brasil na presidência do G-20. Além disso, elogiou a escolha dos temas para a Cúpula do Rio Janeiro: reforma da governança global, combate à fome e à miséria e transição energética.
Na ocasião, ainda foram abordados os principais temas da agenda bilateral e internacional. O assessor especial, embaixador Celso Amorim, e a embaixadora estadunidense no Brasil, Elizabeth Bagley, também participaram no encontro, que ocorreu no Palácio do Planalto.
O secretário parabenizou o Brasil pela aprovação da reforma tributária, recuperação de políticas sociais e de responsabilidade fiscal. Ainda, lembrou que os EUA são o principal investidor no Brasil e que estão abertos a aprofundar os vínculos econômicos, bem como comerciais entre os dois países.
O presidente e o secretário abordaram temas como a iniciativa para trabalho decente lançada por Lula e Biden em setembro do ano à margem da Assembleia Geral da ONU, e a cooperação dos dois países na área ambiental, transição energética, fóruns empresariais e de infraestrutura. Além disso, Blinken informou que os EUA estudam realizar novo aporte para o Fundo Amazônia.
Durante a reunião, Lula reiterou a necessidade de reformar os organismos financeiros internacionais, bem como o Conselho de Segurança da ONU, no que foi apoiado pelo seu interlocutor.
O secretário e o presidente também falaram sobre parcerias trilaterais em agricultura, segurança alimentar, bem como a infraestrutura na África. Além disso, Lula ressaltou a urgência em abordar o tema da dívida externa dos países africanos.
Lula reafirmou desejo pela paz
O secretário agradeceu a atuação do Brasil pelo diálogo entre Venezuela e a Guiana. O presidente Lula reafirmou seu desejo pela paz e fim dos conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Ambos concordaram com a necessidade de criação de um Estado Palestino. Blinken segue nesta quarta-feira para o Rio de Janeiro, onde participará da reunião de chanceleres do G-20.