Dívida bruta do Brasil de 2024 bate recorde de 2022

A dívida bruta do Brasil atingiu 75,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em março de 2024, seu nível mais alto desde abril de 2022. De acordo com dados do Banco Central, essa elevação representa um avanço de 0,2 ponto percentual em comparação com fevereiro de 2024. O governo federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), governos estaduais e municipais compõem a dívida bruta. Esse aumento é um indicador significativo da pressão fiscal e do custo do endividamento para o governo brasileiro.

O Banco Central revelou que a Dívida Bruta do Governo Geral aumentou 0,6 ponto percentual em março – Foto: Freepik

O Banco Central revelou que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) teve um aumento de 0,6 ponto percentual em março devido ao pagamento de juros nominais. Contudo, esse avanço foi parcialmente compensado por uma redução de 0,2 ponto percentual em decorrência da variação do PIB nominal. Esse dado reflete como as oscilações do PIB podem impactar a relação da dívida com o tamanho da economia. No acumulado dos últimos 12 meses, a dívida subiu 4,2 pontos percentuais, indicando um aumento constante e preocupante.

Dívida bruta e seus desafios

Apesar do aumento da dívida bruta, o setor público consolidado, que inclui União, Estados, municípios e estatais, apresentou um superávit primário de R$ 1,2 bilhão de reais em março de 2024. O superávit primário é uma medida da capacidade do governo de gerar recursos para pagar despesas correntes. Entretanto, excluindo o pagamento de juros. Esse resultado positivo pode ser visto como um sinal de contenção de gastos e gestão eficiente dos recursos públicos. Mas ainda enfrenta desafios para equilibrar a carga da dívida.

No entanto, ao incluir no cálculo o pagamento dos juros, o setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 63 bilhões em março. Já no acumulado de 12 meses, o saldo negativo diminuiu de R$ 1,015 trilhão em fevereiro para R$ 998,6 bilhões em março.

Esse cenário demonstra que, apesar do superávit primário, o peso dos juros sobre a dívida continua afetando negativamente o resultado fiscal. Além disso, reforçando a necessidade de estratégias robustas para controle do endividamento e crescimento sustentável.

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